Pragmático QB

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sábado, 14 de fevereiro de 2015

FC Porto 1 vs Vitória de Guimarães 0 - 13.02.2015 - Liga Portuguesa


Ganhar antes de viajar.

Em relação ao anterior jogo em Moreira de Cónegos, Lopetegui fez uma única mudança no onze, Brahimi entrou para o lugar de Tello e penso que não há um único portista que tenha discordado desta decisão. Tello teima em não confirmar todo o seu potencial, com Quaresma numa boa fase e com Brahimi a chegar da CAN, foi uma substituição natural. O argelino e o espanhol embora joguem na mesma posição são jogadores totalmente distintos, e uma das "diferenças mais diferentes" é sem dúvida a muito maior capacidade finalizadora de Brahimi em relação a Tello, como ficou bem patente hoje no lance do golo.

O Porto entrou fortíssimo em campo, foi para cima do Vitória, reduzindo a equipa da cidade de Guimarães a pouco mais que nada. Foi uma primeira parte de grande nível, a demonstrar que o berço do bom futebol consegue ser muitas vezes o Dragão. Os 71% de posse de bola e 9 remates contra 2 do Guimarães traduziam tudo o que foi o jogo até ao intervalo. O golo é marcado por Brahimi - o 5º na Liga e 10º em todas as provas - depois de um brilhante trabalho de Óliver. Como tem sido habitual a vantagem mínima ao intervalo não traduzia o que o Porto produzia ofensivamente, mas sim o que a equipa não deixa os seus adversários fazer. Infelizmente a equipa viajou para Basileia após o final da primeira parte, o que fez com que o Guimarães tivesse jogado sozinho uns bons 20 minutos, levando Lopetegui ao desespero de fazer 2 substituições de rajada. Tello e Rúben trouxeram a equipa de volta e o o Porto assumiu novamente o controlo do jogo até final, com excepção de algumas bolas bombeadas para a área portista que nunca causaram grande comichão no Fabiano.


Brahimi -  O MVP da partida. Quem marca o único golo do jogo, terá que ser quase obrigatóriamente o melhor em campo, embora o argelino tenha muitas vezes alternado boas e más decisões. Pareceu-me em muitas alturas aquele Brahimi que se perdia em muitos "rodriguinhos", complicando o simples e optando sempre pelo mais difícil. À parte disto teve aqueles pormenores brilhantes que lhe permitem sempre fintar adversários dentro de uma cabine telefónica.
Casemiro - Decididamente a presença constante de Rúben Neves nas convocatórias fez-lhe bem. Como "quem tem cú tem medo", o brasileiro abriu os olhos e fez mais uma boa exibição. É nestes jogos mais físicos que o Casemiro se sente bem, embora neste jogo tenha levado bem mais porrada do que a que deu. Um ponto a melhorar são sem dúvida os passes longos, contei pelo menos 2 que foram parar ao Dolce Vita.
Marcano - Faço um mea culpa me relação ao central espanhol. Neste momento é o central número 1 na hierarquia portista. Joga com uma categoria e tranquilidade transcendentes e é bom que Maicon comece a aprender alguma coisa com o seu colega. Forte nos lances aéreos, joga sempre de cabeça levantada e tem técnica para sair a jogar. Os 2.65 milhões de euros pagos ao Rubin Kazan, estão-se a revelar uma "pechincha".
Óliver - O menino não sabe jogar mal, é um facto. Sempre em jogo, defende e ataca com a mesma qualidade, aparece várias vezes em "zona de tiro" e tem uma qualidade de passe acima da média. É ele que faz a brilhante assistência para o golo de Brahimi.
Quaresma - Belo jogo. A velocidade nunca foi uma das suas armas e com o avançar da idade esse handicap ainda se revela mais. Mas aprendeu a jogar de forma mais inteligente, facto que lhe permite fazer quase os 90 minutos a bom nível.
Pressão muito alta - A forma de defender da equipa é asfixiante. O Guimarães mal conseguiu sair do seu meio campo nos primeiros 10 minutos.
Cartões amarelos - Casemiro, Alex Sandro e Danilo viram amarelo e ficam de fora no próximo jogo com o Boavista, limpando a série de cartões e ficando disponiveis para o jogo com o Sporting.


Herrera - O mexicano começou bem mas apagou-se à velocidade da luz. Ao contrário de Óliver, que é um jogador constante, que mesmo sem fazer sempre jogos brilhantes, consegue manter um nível elevado, Herrera é um jogador de extremos, do 8 e do 80.
Bolas paradas - Mais um jogo em que cantos e livres à entrada da área não resultaram em nada.
Passes longos - O estilo de jogo que o Lopetegui implantou no Porto raramente engloba passes longos. Casemiro e Maicon insistem nesta forma de jogar, 90% das vezes sem sucesso.
Diferenças de critério -  É gritante a diferença de critério que os árbitros portugueses teimam em manter. Jorge Ferreira, árbitro do Porto - Boavista mostrou vermelho a Maicon por uma falta bem menos grave do que a de Cafu sobre Casemiro. Não foi um jogo violento mas os jogadores do Guimarães usaram e abusaram do recurso à falta (24).







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