Pragmático QB

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sábado, 12 de setembro de 2015

FC Porto 2 vs Estoril 0 - 29.08.2015 - Liga Portuguesa


Em primeiro lugar gostaria de pedir desculpa aos milhões de seguidores do Pragmático QB pela demora na análise do Porto - Estoril, mas usufruí de umas relaxadas férias na tão minha amada Costa Vicentina. Praia, comer, beber e dormir nunca fizeram mal a ninguém e eu não sou excepção por isso volto em grande, com as energias carregadas e ansioso para que a bolinha comece a rolar rapidamente. Foram muitos quilómetros percorridos mas sem dificuldade nenhuma porque quando se trata do Alentejo, nada é feito em esforço.

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O tranquilizante mexicano.

Teoricamente falando e agarrando-nos unicamente às estatísticas, o Estoril é um adversário apetecível. No mais belo estádio do mundo, foram feitos 24 jogos entre estas 2 equipas a contar para o campeonato, sendo o saldo muito favorável ao Porto, 18V, 5E e 1D, derrota essa que aconteceu na época 2013/2014, sob o comando da famigerado Paulo Fonseca, e com um golo de penalti do então canarinho Evandro. Como se viu no jogo da Luz, o Estoril apesar de ter sido goleado, foi um osso duríssimo de roer, e não fosse o "artista" Tiago Martins e o enorme Júlio César, o resultado com certeza seria outro antes dos 75 minutos, inicio da derrocada estorilista.

O Porto para este jogo apresentou um modelo táctico ligeiramente diferente do habitual, Tello e Varela preenchiam as alas e Brahimi jogava no meio, perto de Aboubakar. Isto fazia com que Danilo e Imbula jogassem praticamente lado a lado e o patinho feio mexicano fosse remetido para o banco. Foram 15 minutos iniciais de grande categoria, com o Brahimi a jogar como peixe na água, solto, fantasista, brilhante e não foi uma surpresa vê-lo a fazer do Yohan Tavares uma galocha para servir de bandeja o Aboubakar para o 1º golo. Passado o primeiro terço da 1ª parte, o Estoril respondeu com muito perigo através de cantos e mais cantos, sempre com o mesmo finalizador, o brasileiro Diego Carlos que pelo menos em 2 boas ocasiões poderia ter marcado. Depois daquele inicio tão prometedor, nada fazia prever um jogo assim, o Porto perdeu-se completamente em campo e permitiu muito espaço ao Estoril, tal como o Benfas tinha feito semanas antes. Os adeptos portistas perderam a paciência e os assobios foram acontecendo minuto sim, minuto não, e só o Maxi conseguiu arrancar os aplausos do Dragão após uma jogada em esforço e à... Maxi. O intervalo chegou e toda a equipa azul e branca esqueceu-se de regressar para a 2ª parte. O Porto foi encostado às cordas, o Knockout esteve perto de acontecer durante os primeiros 10 minutos e só a entrada do Herrera primeiro, e o petardo do Maicon depois, sossegaram equipa, treinador e adeptos. Daqui até ao fim vimos períodos sofríveis de futebol e Osvaldo com alguns bons pormenores.

Foi um mau jogo do Porto, nada a dizer mas foi uma vitória e 3 pontos. Faltam 31 jogos e se me disserem que jogando assim, ganharemos sempre, eu assino por baixo. Segue-se o Arouca, e ao contrário do jogo contra o Benfas, desta vez jogado no Municipal de Arouca e o árbitro será o artista João Capela que tem um histórico interessante nos jogos do Porto. Nos últimos 12 jogos arbitrados por este senhor, 11 foram fora do Dragão e nos últimos 6, só conseguimos 1 vitória. Percebe-se portanto a dificuldade que é jogar contra uma Capela deste calibre.


Brahimi - O MVP da partida. Não foi ele que marcou o primeiro, embora 80 % do golo seja da sua responsabilidade. Teve um inicio de jogo fulgurante, mas rapidamente caiu de rendimento à semelhança de toda a equipa. Normalmente joga a extremo mas dá sempre a ideia que é no meio que pode fazer mais estragos. Poderia ter marcado de livre directo mas a bola passou pertíssimo do poste.
Aboubakar - Não fez um jogo brilhante mas fez um jogo esforçado. Marcou um golo fácil, o seu 3º em 3 jogos no campeonato.
Herrera - O patinho feio mexicano desta vez começou no banco mas foi a sua entrada em campo que sossegou e tranquilizou a equipa.
Maicon - Um capitão também é isto, pegar na bola no momento certo e tranquilizar a equipa e adeptos com um petardo. Um jogador que tem em mim um fã incontestável e que espero que de uma vez por todas seja o "mandão" daquela defesa.


Imbula - O senhor 20 milhões apesar de ter deixado excelentes indicações na pré-época, tarda em se afirmar nos jogos a sério. O pai que também é seu empresário afirmou esta semana que o rendimento do filho tem estado abaixo do esperado mas também que é nos jogos grandes que o Imbula tem tendência a se destacar. Kiev e Benfica estão ai à porta, por isso, carrega Giannelli.
Adeptos Portistas - Sim, sou adepto de sofá, sim, não tenho grande moral para falar, mas quando vejo a equipa ser assobiada a partir dos 15 minutos e já depois de estar a ganhar, percebo que talvez a minha cadeira de sonho certa continue a ser sempre o sofá.

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